29 de outubro de 2009

Sozinho essa noite.

As pessoas não duram na minha vida. Fico na duvida se eu não me interesso mesmo em manter o contato necessário pra uma relação saudável de amizade ou se não lhes desperto o interesse. Sei que sou péssimo amigo no que se trata de procurar as pessoas. Normalmente me perco em pensamentos reflexivos sobre a minha, pueril, existência. Prefiro a frivolidade das noites em bares e boates a calorosas tardes em cafés e parques. Prefiro uma boa bebedeira a uma caminhada. Adoro me encontrar sobre a luz da lua e odeio sair ao tão supervalorizado sol. Sou uma pessoa difícil, eu diria.

Eu me pergunto se eu seria meu amigo. A resposta, carregada de parcialidade, sempre deixa duvida. Parece que estou sendo simpático como àqueles que se acham meus amigos, mas não são. Por mais que seja alvo de inúmeros elogios dos mais próximos a mim, os poucos que ainda se sustentam, eu tenho meus motivos pra não dar atenção. Eu me conheço. Algumas vezes me levo a sério demais. Algumas outras sou exagerado nas coisas. O desinteresse é algo novo, pelo menos na intensidade. Há momentos em que simplesmente não quero ninguém por perto. Será isso um principio de depressão?

É como se as pessoas se tornassem, cada dia mais, exigentes. Como se me consumissem com suas ações, suas vontades, sua empolgação. É como se seu movimento acelerado e sem controle perturbasse minha letargia. Elas não me entendem e eu não consigo me explicar. Acaba uma gritaria de surdos que só desgasta ainda mais. Acabo não querendo ser entendido e preferindo o silêncio.

As pessoas não duram na minha vida. Fico na duvida se elas preferem passar e seguir ou se eu as afasto.