8 de fevereiro de 2008

Novo Ciclo

Velhas magias se desfazem a minha volta. A beleza que antes cobria até o mais sinistro vale, hoje já se desfaz por completo a minha frente, e eu sozinho tenho que encarar a bagunça que foi deixada após a tempestade.


Esta idade me trouxe mais do que dores nas juntas, e ainda não as tenho. Trouxe também uma sabedoria que desconhecia a um dobrar de ampulhetas atrás. Hoje já me sinto diferente de ontem. Mais cômodo comigo. A alma se moldou a armadura ou foi o oposto? É como subir um degrau a mais na estrutura do mundo. Daqui hoje, vejo o que ontem não conseguia. Que estranho pensar que só elevei-me um passo.


A deusa Lua orienta ao resguardo, e de fato é do que sinto necessidade. Meu novo horizonte é demasiado vasto, e quero tempo para estudar suas estrelas. Perceber que novas nuances elas formarão com as constelações já existentes em meu céu, saber que novas previsões poderão me ilustrar essas novas perolas celestes. Esse novo firmamento se faz profundo e com estrelas mais brilhantes. Quero esquadrinhá-lo o quanto antes, para que o novo solstício de minha essência traga um novo turbilhão de constelações.


Pelo poder do três vezes três, que assim seja por que assim eu desejo.

Namaste!

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