10 de junho de 2008

O Ferreiro

Bate, rebate.

No silencio, no escuro.

Tão alto quer reverbera.

Bate, rebate.

Cada batida estremece todo o corpo.

É quase uma convulsão.

Bate, rebate.

Como martelo no metal quente.

Metal que está partido.

Bate, rebate.

De tanto crescer e encolher.

Por ser aquecido e de súbito resfriado.

Bate, rebate.

Moldando o músculo partido.

Fundindo os pedaços do meu coração.

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