O gosto de sangue permanece na boca. Metálico e quente. A dor é momentânea. O calor da situação não permite que ela se espalhe, mas ela existe e em algum momento voltará a atormentar os sentidos. Aos poucos a letargia causada pela surpresa cede ao esforço do corpo para responder a mente. Não há grito. Não há expressão de raiva. Não é isso o que a mente quer. Há apenas a surpresa. Logo virá a magoa. O golpe que nos derruba sempre vem do lado que menos se espera.
Por mais que a solidão seja assustadora, nela não há golpes. Dela se sabe o que esperar. A dor que sentimos é provocada por nós mesmos e ninguém mais. É essa a tragicomédia dos relacionamentos. O prazer que se tem só é obscurecido pela dor criada quando se perde a razão. Razão essa que dia após dia deixa-se de lado por orgulho, por medo ou por motivo que for. O triste é saber que as pessoas nem sequer dão conta disso. E por mais que a solidão seja assustadora, eu ponho em cheque a minha fé nas relações humanas. Questiono ainda mais a minha capacidade de me relacionar.
Junto com a magoa chega a duvida de estar esperando mais do que as pessoas podem ou querem dar. Questiono se a dedicação que tenho a quem amo é realmente valida. Seria falso dizer que não espero nada em troca dessa dedicação, mas de fato me parece agora que venho me doando mais do que recebo. Eu tento ser tolerante e entender que cada um tem necessidades e pontos de vista diferentes, mas chega um momento em que isso já não mais serve de alento e as diferenças machucam.
Eu entendo que somos todos diferentes. Entendo que a convivência é feita medindo os limites uns dos outros e que viver em sociedade é estar em constante relação com as diferenças. Sejam as de quem amamos, ou as de completos desconhecidos. Ainda assim não somos obrigados a nos submeter ao que não nos agrada. Não somos obrigados a atender a quem não pensa em nós.
Por mais que a solidão seja assustadora, nela não há golpes. Dela se sabe o que esperar. A dor que sentimos é provocada por nós mesmos e ninguém mais. É essa a tragicomédia dos relacionamentos. O prazer que se tem só é obscurecido pela dor criada quando se perde a razão. Razão essa que dia após dia deixa-se de lado por orgulho, por medo ou por motivo que for. O triste é saber que as pessoas nem sequer dão conta disso. E por mais que a solidão seja assustadora, eu ponho em cheque a minha fé nas relações humanas. Questiono ainda mais a minha capacidade de me relacionar.
Junto com a magoa chega a duvida de estar esperando mais do que as pessoas podem ou querem dar. Questiono se a dedicação que tenho a quem amo é realmente valida. Seria falso dizer que não espero nada em troca dessa dedicação, mas de fato me parece agora que venho me doando mais do que recebo. Eu tento ser tolerante e entender que cada um tem necessidades e pontos de vista diferentes, mas chega um momento em que isso já não mais serve de alento e as diferenças machucam.
Eu entendo que somos todos diferentes. Entendo que a convivência é feita medindo os limites uns dos outros e que viver em sociedade é estar em constante relação com as diferenças. Sejam as de quem amamos, ou as de completos desconhecidos. Ainda assim não somos obrigados a nos submeter ao que não nos agrada. Não somos obrigados a atender a quem não pensa em nós.
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